Marcação de animais – Técnica antiga

A marcação de animais é uma prática antiga que surgiu da necessidade de identificar a posse do gado. A evidência mais antiga está nas pinturas de túmulos egípcios, que revelam que os animais eram marcados com um metal aquecido. A prática chegou ao continente americano no século XVI trazida pelos espanhóis e até hoje é realizada, apesar de existir métodos mais modernos.

Os marcadores de gado servem para identificar o histórico, a vacinação e a produção do animal. Além disso, é muito útil para distinguir o proprietário. Os marcadores em aço inox deixam marcas permanentes que podem ser vistas à distância e é de fácil identificação.

Atenção: para a marcação ser válida em todo o território nacional, é preciso que o pecuarista tenha registro no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

Three Cattle Grazing

A Tod Metais produz peças exclusivas de forma artesanal para atender as necessidades do cliente. Oferecemos uma linha completa de marcadores: marcas personalizadas, jogos de números, letras e marcas veterinárias.

Se você já tem o modelo, nós fabricamos o marcador a partir dele. Basta enviar-nos por e-mail. Caso ainda não tenha um desenho, nós podemos criá-lo a partir das referências que você nos indicar. Esse trabalho não terá custo adicional. As peças são fabricadas em aço inox 304 certificado, com cabo de madeira nobre tratada. Confira aqui.

Confira os outros textos da série Marcação de Animais:

Marcação de animais – Fabricação de marcadores

Marcação de animais – Incandescente

Marcação de animais – Criogênica

 

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Como marcar corretamente os animais

Marcação de animais – Criogênica

A marcação de animais a frio, a criogênica, é um processo que causa menos dor ao animal. A aplicação da marca, depois de imersa em nitrogênio líquido (também conhecido por azoto líquido), destrói seletivamente as células responsáveis pela pigmentação dos pelos e da pele. Assim, quando tornarem a crescer, os pelos estarão brancos sobre couro despigmentado.

Se o processo for feito adequadamente, dispensará curativos ou suporte ao animal e pode ser realizado a partir da desmama. No prazo de 6 a 8 semanas da aplicação da marca, os pelos brancos substituirão àqueles existentes, fazendo com que a identificação fique legível.

Uma alternativa mais barata que o nitrogênio líquido é uma combinação de gelo seco (dióxido de carbono solidificado) com álcool (etanol ou metanol em concentração acima de 95%).

Tanto o nitrogênio líquido quanto o gelo seco podem causar queimaduras sérias ou asfixia e precisam de muito cuidado no manuseio e no transporte.

Farmer and veterinarian checking on cows

Três recomendações importantes:

–  Transporte, guarde e use o líquido refrigerante em container adequado e ambiente ventilado.

–  Manuseie apenas se estiver usando equipamento de proteção: luvas, óculos, roupas e calçados.

–  Não use material inflamável (álcool) perto de qualquer tipo de chama.

A ligas metálicas que têm apresentado melhores resultados são as que usam cobre (bronze e latão). As marcas devem ser compatíveis com o porte do animal: para animais na desmama, elas deverão ter cerca de 60 mm de altura e para animais adultos poderão ter entre 80 e 100 mm, respeitada a normativa do M.A.P.A. (a marca deve ser inteiramente contida em um círculo de 110 mm de diâmetro). Desenhos com linhas mais largas, cerca de 5 mm, têm melhor resultado. 

 

Fonte:

– Sistema de Identificação de eqüídeos do Pólo Regional Alta Mogiana – COLINA/SP

– Boas práticas de manejo (http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/manual_de_identificacao.pdf)

– Nota Técnica – J. Bertram, B. Gill and J. Coventry, Animal Production, Alice Springs – Australia

(http://www.nt.gov.au/d/Content/File/p/Anim_Man/211.pdf)

 

Confira na próxima publicação a maneira correta de marcar o animal a frio.

 

Leia também:

Como marcar corretamente os animais

Marcação de animais – Fabricação de marcadores

Marcação de animais – Incandescente

 

Marcação de animais – Incandescente

Independente do material (ferro, aço inox, bronze ou latão), todos os marcadores se prestam para marcação a quente (incandescente) ou a frio (criogênica). Neste texto, vamos nos atentar ao processo incandescente.

Entretanto, o bronze e, principalmente, o latão são metais de baixo ponto de fusão e requerem cuidados especiais na utilização incandescente: o marcador precisa ser retirado do aquecimento assim que comece a ficar incandescente sob pena do marcador derreter. Por isso, a Tod Metais não fornece garantia nos marcadores de bronze ou latão.

Apesar de não haver estudos de tempo para aplicação do marcador incandescente, a experiência nos diz que quanto mais rápido, menor o risco da marca borrar. O contraponto dessa recomendação é que, se o tempo for insuficiente, a marca pode apagar parcial ou totalmente. A marcação deve queimar os pelos e atingir o couro, mas não o músculo.

Branding Cow

O processo é bastante difundido e conhecido, aqui vão as recomendações:

– Utilizar o marcador bem quente.

. Ferro ou inox – bem rubro;

. Bronze ou latão – ver restrições acima.

– Quanto mais imobilizado o animal, menor o risco da marca mexer e o resultado ficar mal definido.

– Aplicar a marca de maneira firme, mas sem fazer força.

– Marcações em dias secos sobre animais secos e limpos costumam obter melhores resultados.

– Em gado de pelagem curta, por exemplo, uma marcação de 3 a 4 segundos deve produzir resultado satisfatório.

– Numa marcação adequada, após a aplicação e retirada do marcador, a marca deve ter coloração marrom e não deve apresentar ferimentos com sangramento.

– Uma prática bastante difundida é a aplicação de óleo queimado após a marcação para evitar infecções ou formação de “cascas”. Entretanto, no caso de ocorrência de bicheiras ou inflamações, trate o animal o quanto antes, seguindo as recomendações do veterinário.

Fonte:

– Sistema de Identificação de eqüídeos do Pólo Regional Alta Mogiana – COLINA/SP

– Boas práticas de manejo (http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/manual_de_identificacao.pdf)

– Nota Técnica – J. Bertram, B. Gill and J. Coventry, Animal Production, Alice Springs – Australia

(http://www.nt.gov.au/d/Content/File/p/Anim_Man/211.pdf)

 

Confira na próxima publicação como se utiliza a marcação a frio, a criogênica.

 

Leia também:

Como marcar corretamente os animais

Marcação de animais – Fabricação de marcadores

Marcação de animais – Fabricação de marcadores

O emprego da marcação de animais a ferro quente ocorre há milhares de anos. Inicialmente, o objetivo era identificar o proprietário e, mais recentemente, identificar associações de criadores. A marcação também ocorre em algumas práticas de manejo como no controle de vacinação.

Além disso, utiliza-se a marcação para o correto reconhecimento individual de um animal e é um dos principais preceitos zootécnicos voltados à avaliação do desempenho do próprio animal bem como de seus descendentes.

Há diversas formas de marcação em animais. Neste texto, vamos nos deter a fabricação de marcadores. Em geral, emprega-se 4 tipos de metais ou ligas metálicas:

– Ferro;

– Aço inoxidável (liga de ferro, carbono, níquel e cromo);

– Bronze (liga de cobre e estanho);

– Latão (liga de cobre e zinco).

Processos de Fabricação

Os marcadores de ferro são forjados (a quente ou a frio). Apesar de ser um processo de fabricação de baixo custo, tem dois inconvenientes:

– Não tem a mesma precisão do processo de fundição, resultando em marcadores “parecidos” com a marca original;

– O ferro é muito suscetível à oxidação pelo calor, resultando, nas marcações a quente, em rápida degradação do metal – vai “descascando” e afinando, trazendo risco de ferir o animal.

A grande vantagem do aço inox é que ele é incomparavelmente mais resistente do que o ferro ao processo de oxidação pelo calor. Os marcadores de aço inox podem ser produzidos por fundição ou por corte/dobra/solda.

O processo de fundição é muito preciso e permite que sejam produzidos marcadores de, praticamente, qualquer desenho. Entretanto, requer fornos de alta temperatura e moldes cuja fabricação é bastante cara. Por isso, é economicamente inviável.

A alternativa é o uso do corte/dobra/solda. Através de um processo artesanal, chapas de aço inox são cortadas, dobradas e soldadas até chegar ao desenho final da marca. O inconveniente é a pouca liberdade para o desenho da marca: as linhas não podem variar – têm que ter a mesma espessura da chapa de aço do início ao fim.

À esquerda desenho com linhas de espessura variável. À direita desenho com linhas de espessura fixa.
À esquerda desenho com linhas de espessura variável. À direita desenho com linhas de espessura fixa.

Já o bronze e o latão, por serem ligas de ponto de fusão relativamente baixo, permitem que os marcadores sejam fabricados pelo processo de fundição com todas as vantagens: precisão e liberdade de desenho.

Na Tod Metais trabalhamos com chapas de aço inox 304, certificado, nas espessuras de 2, 3, 4 e 5 mm (medidas aproximadas). Faça já sua encomenda, entregamos para todo o Brasil. Entre em contato conosco: http://goo.gl/N7CphN

Fonte:

– Sistema de Identificação de eqüídeos do Pólo Regional Alta Mogiana – COLINA/SP

– Boas práticas de manejo (http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/manual_de_identificacao.pdf)

– Nota Técnica – J. Bertram, B. Gill and J. Coventry, Animal Production, Alice Springs – Australia

(http://www.nt.gov.au/d/Content/File/p/Anim_Man/211.pdf)

 

Confira na próxima publicação como se utiliza a marcação a quente, a incandescente.

 

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