O emprego da marcação de animais a ferro quente ocorre há milhares de anos. Inicialmente, o objetivo era identificar o proprietário e, mais recentemente, identificar associações de criadores. A marcação também ocorre em algumas práticas de manejo como no controle de vacinação.
Além disso, utiliza-se a marcação para o correto reconhecimento individual de um animal e é um dos principais preceitos zootécnicos voltados à avaliação do desempenho do próprio animal bem como de seus descendentes.
Há diversas formas de marcação em animais. Neste texto, vamos nos deter a fabricação de marcadores. Em geral, emprega-se 4 tipos de metais ou ligas metálicas:
– Ferro;
– Aço inoxidável (liga de ferro, carbono, níquel e cromo);
– Bronze (liga de cobre e estanho);
– Latão (liga de cobre e zinco).
Processos de Fabricação
Os marcadores de ferro são forjados (a quente ou a frio). Apesar de ser um processo de fabricação de baixo custo, tem dois inconvenientes:
– Não tem a mesma precisão do processo de fundição, resultando em marcadores “parecidos” com a marca original;
– O ferro é muito suscetível à oxidação pelo calor, resultando, nas marcações a quente, em rápida degradação do metal – vai “descascando” e afinando, trazendo risco de ferir o animal.
A grande vantagem do aço inox é que ele é incomparavelmente mais resistente do que o ferro ao processo de oxidação pelo calor. Os marcadores de aço inox podem ser produzidos por fundição ou por corte/dobra/solda.
O processo de fundição é muito preciso e permite que sejam produzidos marcadores de, praticamente, qualquer desenho. Entretanto, requer fornos de alta temperatura e moldes cuja fabricação é bastante cara. Por isso, é economicamente inviável.
A alternativa é o uso do corte/dobra/solda. Através de um processo artesanal, chapas de aço inox são cortadas, dobradas e soldadas até chegar ao desenho final da marca. O inconveniente é a pouca liberdade para o desenho da marca: as linhas não podem variar – têm que ter a mesma espessura da chapa de aço do início ao fim.
Já o bronze e o latão, por serem ligas de ponto de fusão relativamente baixo, permitem que os marcadores sejam fabricados pelo processo de fundição com todas as vantagens: precisão e liberdade de desenho.
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Fonte:
– Sistema de Identificação de eqüídeos do Pólo Regional Alta Mogiana – COLINA/SP
– Boas práticas de manejo (http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/manual_de_identificacao.pdf)
– Nota Técnica – J. Bertram, B. Gill and J. Coventry, Animal Production, Alice Springs – Australia
(http://www.nt.gov.au/d/Content/File/p/Anim_Man/211.pdf)
Confira na próxima publicação como se utiliza a marcação a quente, a incandescente.
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